sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Subara Perigosa.......



"A maior riqueza é a saúde." (Ralph Waldo Emerson)



31 de Dezembro de 2010

Logo pela manhã meu celular tocou, atendi com uma voz de sono, e com raiva por alguém estar me ligando as 10 da madrugada (acredite se quiser, 10 horas ainda é madrugada para mim), era o Patrick, ele me contou que um de seus clientes havia alugado um sitio para fazer uma “festinha” com amigos de putaria, e esse cliente o contratou e mandou que ele conseguisse mais quatro garotos de programa, para esquentar a festa. O Patrick me convidou e é claro que eu aceitei, porque o cachê seria de 400 reais, já que a festinha seria no réveillon, e alem disso o cara tem grana para pagar. A festa seria em um sitio no olho d'agua um bairro de São luis. Então combinamos que o Patrick passaria aqui em casa as 20:00 horas para me pegar e irmos juntos. E eu diria a minha mãe que iria passar o réveillon no sitio da família do Gustavo.
Exatamente 20:00 em ponto, um carro buzina na frente da minha casa, era o Patrick (eita garoto Pontual), dentro do carro alem dele, estava o Felipe, o Gustavo e o Anderson, outro michê que eu não conhecia. Então colocamos o pé na estrada ouvindo o Cd Fallen, do Evanescence, fazendo muita bagunça dentro do carro, e falando alto, quase gritando. Uma hora e meia depois, estávamos no tal sitio, por fora parecia ser bem grande e ficava em uma estrada de terra no meio do mato. Se o cliente não fosse conhecido do Patrick eu nunca entraria naquele lugar, com medo de acontecer algo eu não ter para onde correr, eu sou muito cagão morro de medo quando ouço historias sobre clientes loucos ou psicopatas.
O Dono da festa veio nos atender, era um cara loiro de olhos verdes, com um corpo atlético de mais ou menos 35 anos, seu nome era Osmar, ele estava só de toalha, e pediu para que entrássemos. Quando entrei vi que era um sitio enorme, com uma casa muito grande, piscina, quadra de futebol, de basquete, e sauna. A Festa estava rolando na beira da piscina, haviam 15 caras, com idades entre 22 e 40, alguns de toalha e outros totalmente pelados, eram os tal amigos de putaria do Osmar, juro por Deus que não vi nenhum cara feio naquele lugar, todos eram bonitos ou apresentáveis, então não entendi muito bem porque contrataram garotos de programa. Todos esses caras se conheceram na internet e resolveram passar um réveillon de muita sacanagem juntos.
O Osmar nos explicou que seria o seguinte, a meia-noite ele apagaria todas as luzes do sitio, deixaria uma musica eletrônica tocando de fundo, e que todos deveriam ficar no ambiente entre a quadra e a piscina totalmente sem roupa, ai rolaria uma orgia geral, todo mundo pegando todo mundo, seria sexo livre como em uma sauna gay, mas antes da meia noite poderíamos aproveitar para beber e bater papo.
Como estava muito calor, eu e os boys bebemos umas cervejas e pulamos na piscina pelados, para nos refrescar, ai todo mundo pulou La também, alguns caras já se animaram e começaram se chupar ali na piscina mesmo, mas nós ficamos de boa.
Quando deu meia noite em ponto, alguém gritou FELIZ ANO NOVO E MUITO SEXOOOOOOO e então as luzes se apagaram, ficou totalmente escuro, embora estivéssemos em uma área aberta, como o sitio era no meio do nada, estava muito escuro, eu não enxergava quase nada. Então senti alguém pegando no meu pau, como estava gostoso eu deixei, depois senti outra mão e mais outra, foi muito engraçado, eu curti, aos poucos meus olhos foram se acostumando a escuridão e eu já podia ver um pouco do que acontecia, todo mundo comendo todo mundo, um cara colocou meu pau na boca e chupava muito, o boquete dele era tão bom que eu sentia o sininho da garganta dele no meu pau, menos de um minuto depois chegou mais outro e começou a me chupar também,e toda hora chegava um engraçadinho tentando me comer, mas eu não deixei. Estava uma delicia aquelas bocas no meu pau, então ouvi alguém sussurrar ao meu ouvido “ME COME PORRA” coloquei camisinha e comecei a fuder o cu do cara, era um cu bem largo, estava uma delicia como eu tinha acabado de sair da piscina eu estava com frio, e aquele cuzinho aquecia meu pau, então o Osmar pediu para que circulássemos e não ficássemos apenas com uma pessoa, então sai fudendo várias bundas, eu enfiava a pica no ritmo da musica que tocava. No meio da escuridão achei o Gustavo, e nós dois começamos a revezar a bunda do mesmo cara, o Gu deitou no chão e o cara sentou em cima do pau, deitando sobre o corpo dele, e eu enfiei o pau também, o cara era bem arrombado, ele gritava de tesão, e as pernas do Gu tremiam. Depois resolvemos comer outros, mas quando ficamos em pé vieram tantas bocas no nosso pau que não dava nem para andar, eu estava me segurando para não gozar, Então mandei todos pararem de me chupar e só fiquei andando passando a mão em todo mundo.
Parei na beira da piscina com o Gu onde era a parte menos escura do local e ficamos batendo punheta juntos, para gozar na cara de alguns caras, gozamos os dois, mas estava tão escuro que o ele gozou na minha barriga ao invés de gozar nos caras, para me vingar eu gozei na bunda dele, mas sem penetrar, só na punheta mesmo.
Quando eu andava no escuro, eu sentia porra vindo de todos os lados, sempre alguém com as mãos melecadas encostava em mim, isso quando a pessoa não gozava enquanto eu passava. Eu queria descansar um pouco, mas o dono da festa avisou que se parecemos ele não iria pagar, então coloquei outra camisinha e sai comendo, eu colocava a rola um pouco em um cu, depois colocava em outro e assim o tempo passaria. Abaixei-me e comecei a fazer uma chupeta para um cara, enquanto isso eu passava a mão nas bundas de quem passava por perto. Senti uma bunda bem durinha, e lisinha na minha mão parecia ser uma delicia, então parei de fazer o boquete e fui comer aquele rabo, comecei a enrabar o cara, bem gostoso, ele gemia e eu também, embora eu mal estivesse vendo o rosto daquela pessoa, aquele estava sendo o cu mais gostoso da festa. Eu enfiava meu pau inteiro dentro do rabo dele, e sentia minhas bolas batendo na bunda, até fazia um barulhinho, ele insistiu para que eu tirasse a camisinha, mas eu não tirei, e não tiraria por dinheiro nenhum, chegaram outros caras e eu compartilhei aquela bunda gostosa, várias pessoas enfiavam o pau nele, a maioria sem camisinha, ele deve ter sido o mais comido da festa, eu o achei totalmente louco por dar sem camisinha, mas eu estava com a minha e fazendo a minha parte, então o que ele faz da vida dele é problema dele, cada vez que eu voltava a come-lo eu percebi que aquele alguém gozou dentro dele, ai ficava mais gostoso ainda, porque lubrificava ainda mais. Estava tão bom que não deixei, mas ninguém comer ele ficou só eu ali com o pau dentro do cu dele, fizemos varias posições, e eu gozei, mas gozei muito, acho que saiu porra por minha vida toda naquele momento foi ótimo.
Feliz da vida fui tirar a minha camisinha e quando coloco a mão percebo que ela estava rasgada. EU ENTREI EM DESESPERO eu não sabia o que fazer MEU DEUS SE ESSE CARA DEU PARA TODO MUNDO AQUI SEM PRESERVATIVO, ISSO QUER DIZER QUE ELE NUNCA USA O QUE INDICA QUE ELE TEM HIV.
Eu fiquei tão desesperado, que eu fiquei sem rumo, fui dentro da casa peguei meu celular na mochila, voltei para fora onde estava acontecendo a festinha e passei colocando a luz do celular de rosto em rosto até achar alguém que eu conhecia. Encontrei o Gu, ele estava comendo um cara, eu não quis nem saber, eu o puxei pelo braço e o levei para dentro da casa:

ME TIRA DAQUI A AGORA!!!!!!!!! EU QUERO IR EMBORA, ME AJUDA PELO AMOR DE DEUS ---eu gritava desesperado para o Gustavo.

Ele sem entender o que estava acontecendo, ficou preocupado tentando saber o que havia comigo, mas meu desespero era tão grande que eu só conseguia repetir a mesma frase:

ME TIRA DAQUI A AGORA!!!!!!!!! EU QUERO IR EMBORA, ME AJUDA PELO AMOR DE DEUS...

Eu estava em estado de choque, estava com medo, eu parecia um louco, sentei no chão e comecei a chorar igual a uma criança, eu não sei de onde tirei tanta lagrima. Chorando fui explicando para o Gu o que aconteceu, deixamos os outros garotos lá, entramos no carro e saímos sem avisar, fomos à busca de um hospital. Naquele momento dinheiro ou qualquer outra coisa não fazia diferença alguma para mim, eu só queria sumir daquele lugar.
Rodamos aquela cidade em busca de um hospital e nada, então pegamos novamente a estrada a caminho do centro
O que me dava esperanças é o tratamento com antiretroviral, que são drogas que se tomadas em até 24 horas após a situação de risco, atacam o HIV antes dele se instalar no sistema imunológico, baseia-se no mesmo tratamento que faz um profissional da saúde (médico ou enfermeira) quando se fura ou se corta com um objeto contaminado pelo vírus no hospital, mulheres estupradas também são submetidas a esse tratamento.
Logo na entrada do centro achamos um pronto socorro 24 horas, eu desci do carro desesperado antes mesmo do Gu estacionar, e corri lá para dentro, fiz minha ficha e fiquei na sala de espera, aguardando o atendimento e o Gu a todo o momento me consolava, mas eu não conseguia nem ouvir o que ele dizia, minha vida passava como um filme na minha cabeça, as três da manha do ano novo, apenas eu e Gu e os funcionários do hospital, e mesmo assim o atendimento demorou uma eternidade. Quando entrei na sala do médico eu disse a ele que transei com uma pessoa que eu mal conhecia e o preservativo rompeu. Ele me explicou o que eu já sabia, me disse que eu deveria tomar um antiretroviral em até 24 horas, para evitar uma possível contaminação, mas esse medicamento não é vendido nas farmácias, e naquele hospital têm poucos, o governo manda apenas para funcionários, e nem para eles seria suficiente em caso de acidente, porque chegam pouquíssimas caixas.
Nessa hora meu mundo caiu, meu medo foi tanto que eu quase desmaiei, eu praticamente implorei para que o médico me fornecesse o remédio, e ele continuou firme, e disse que não poderia, porque estaria sendo irresponsável deixando os funcionários desprotegidos. Mas me aconselhou procurar o hospital UDI, que fica ao lado do hospital das clinicas e que cuida exclusivamente de doenças infecciosas incluindo o HIV.
Entramos no carro e seguimos direto para o UDI, no caminho o Patrick ligou no meu celular, mas eu não atendi porque eu estava desesperado. Chegamos ao hospital fiz minha ficha e ficamos novamente na sala de espera, pegamos uma senha e logo me chamaram, o Gustavo entrou comigo na sala para me acompanhar. Eu expliquei para a médica o que havia acontecido e ela me disse que o antiretroviral só é fornecido para funcionários, vitimas de estupro, e profissionais do sexo. Eu havia omitido esse dado a ela, não tinha falado que era garoto de programa, mas quando ela falou quem poderia tomar o remédio eu falei que era miche, ela não acreditou, mas vendo meu desespero me receitou o remédio.
Tomei um comprimido ainda no consultório médico, mas me assustei quando vi a receita com a prescrição médica, eu teria que tomar oito comprimidos por dia, durante 28 dias,.
Metade do problema resolvido, voltamos para o sitio, já eram quase seis horas da manhã a festa já havia acabado, o Osmar quase matou eu e o Gu e não nos pagou, os boys que estavam comigo, e que ficaram no sito receberam normalmente, e diziam que eu não deveria me preocupar porque acontece de camisinhas romperem, e que AIDS não se pega assim tão fácil principalmente quando se é ativo. Mas é tudo baboseira, se eles não se preocupam com a saúde deles, eu me preocupo muito com a minha.
Já se passaram 10 dias, e eu ainda continuo com o mesmo medo. Eu não durmo, não como, e não bebo mais direito, eu não posso usar a internet que já vou logo ao Google, pesquisar sobre AIDS, HIV, HPV, gonorréia, sífilis, e todas as outras dst´s. Quando deito demoro a dormir, minha cabeça fica pesada, e meus pensamentos não param. Ainda estou tomando oito comprimidos por dia, estou obcecado com os horários, eu não deixo atrasar nem um minuto, emagreci 2 quilos e não estou conseguindo trabalhar, eu mal sai de casas nesses últimos dias, mudei totalmente os meus conceitos, e estou vendo a vida passar diante meus olhos. È uma sensação terrível, ninguém merece passar por isso. Fico imaginando como é a vida de uma pessoa que tem o HIV, eu não teria estrutura psicológica para isso. Apesar de fazer programa, eu sempre me cuidei, sempre fui neurótico com cuidados, Deus não estaria sendo justo comigo se eu estiver com algo.
A cada quatro dias tenho que voltar ao UDI  para pegar mais remédio, eles não dão todos de uma vez porque alem de caríssimos o uso é controlado. Não agüento mais voltar naquele lugar. Toda vez que fico na sala de espera observo as pessoas, algumas tão magras que parecem que tem apenas pele por cima do osso, outras já em estado terminal, algumas ainda estão com uma boa aparência, a doença é nítida no rosto de muitas pessoas naquela sala.
O Gu me liga todos os dias e conversamos bastante, às vezes ele vem aqui em casa, com os outros boys, e me distraem bastante, isso me ajuda
  hoje voltei ao médico e a doutora me disse que o antiretroviral sempre funcionou em todos os casos que ela conhece, que eu agi rapidamente tomando o remédio poucas horas após o ocorrido, então as chances de eu ser contaminado são mínimas.
Fiquei muito feliz com isso, mas só ficarei tranqüilo daqui dois meses quando eu fizer o exame.


bruno
msn: ha_len@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário